

Vale lembrar que Hertzberger aponta a exploração do conceito "interno-externo" e os fatores que o determinam ou relativizam como uma missão dos arquitetos. Eles devem ser capazes de analisar a região em questão e traçar rumos estéticos e práticos, os quais influenciarão a percepção do ambiente pelas pessoas.
O objeto físico busca explorar diferentes sensações e impressões causadas por cada tipo de material (e suas respectivas cores), alguns mais frios, outros mais coloridos, outros mais confortantes. Além disso, o fato de os blocos poderem ser usados de diferentes lados na constituição da estrutura remete à imprecisão sobre o que é interno e o que é externo.
Outro ponto a ser explorado pelos blocos é a variação do tamanho. O fato de alguns serem maiores que os outros resulta em "construções" de diferentes alturas e larguras, o que influencia diretamente no conceito do ambiente, na forma como as pessoas o enxergam. Estruturas com o teto muito alto são menos calorosas e remetem inicialmente a lugares públicos (galerias, por exemplo).
Por fim, a versatilidade dos blocos ao serem organizados diz respeito a outra teoria abordada no livro, na qual Hertzberger demonstra como um mesmo lugar pode ter suas funções e aspecto alterados ao longo do tempo, e mais, como uma mesma estrutura pode ser passível de várias interpretações dependendo do ponto de vista de cada um.
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